Herta Müller

Desde o início dos anos 1990, tornou-se uma figura literária de renome internacional, com suas obras traduzidas para mais de vinte idiomas.
Müller é conhecida por seus trabalhos que retratam os efeitos da violência, da crueldade e do terror, geralmente ambientados na República Socialista da Romênia sob o regime repressivo de Nicolae Ceaușescu, experiência que ela própria vivenciou. Muitos de seus escritos são narrados do ponto de vista da minoria alemã na Romênia e também representam a história moderna dos alemães no Banato e na Transilvânia. Seu aclamado romance ''Tudo o que Eu Tenho Trago Comigo'' (''Atemschaukel''), publicado em 2009, aborda a deportação da minoria alemã da Romênia para os Gulags soviéticos durante a ocupação soviética do país, onde foram utilizados como mão de obra forçada.
Até hoje, Müller recebeu mais de vinte prêmios, incluindo o Prêmio Kleist (1994), o Prêmio Aristeion (1995), o Prêmio Internacional de Literatura de Dublin (1998) e o Prêmio de Direitos Humanos Franz Werfel (2009). Em 8 de outubro de 2009, a Academia Sueca anunciou que ela havia sido laureada com o Prêmio Nobel de Literatura, descrevendo-a como uma escritora "que, com a concentração da poesia e a franqueza da prosa, retrata a paisagem dos despossuídos".
A utilização da língua alemã por Herta Müller é um signo de resistência, mas também, uma fonte de preconceito, trauma e violência. A ficção de Müller é moldada pela violência contra a minoria de fala alemã na Romênia da ditadura comunista. Fornecido pela Wikipedia