Sumak Kawsay

Em português, é traduzido frequentemente como "bem viver".
Em seu significado original em quíchua, ''sumak'' refere-se à fruição ideal e bela do planeta, enquanto ''kawsay'' significa “vida”, uma vida digna, em plenitude, equilíbrio e harmonia. Existem noções semelhantes entre outros povos indígenas, como os Mapuche (Chile, Argentina), os Guarani da Bolívia, norte da Argentina e Paraguai que falam de seu ''teko kavi'' (boa vida) e ''teko porã'' (boa vida ou bom modo de ser), os Achuar da Amazônia equatoriana e os Guna do Panamá.
Os povos maias Tsotsil e Tseltal buscam o ''Lekil Kuxlejal,'' ou "vida justa e digna", que é considerado equivalente ao ''sumak kawsay'' e influenciou no desenvolvimento do Neozapatismo.
Desde o fim da década de 1990, o ''sumak kawsay'' tem se desenvolvido como um projeto político que visa alcançar o bem-estar coletivo, a responsabilidade social na forma como as pessoas se relacionam com a natureza e o fim da acumulação interminável de capital, sendo uma alternativo ao modelo predominante de desenvolvimento, que encara o ser humano como um recurso econômico. Os movimentos indígenas no Equador e na Bolívia, juntamente com intelectuais, utilizaram inicialmente o conceito para definir um paradigma alternativo ao desenvolvimento capitalista com dimensões cosmológicas, holísticas e políticas. A Constituição do Equador de 2008 incorporou o conceito dos direitos da natureza, assim como a Constituição da Bolívia de 2009. Diversos teóricos, como os economistas Alberto Acosta e Magdalena León, afirmam que o ''sumak kawsay'' não se trata de uma teoria acabada e completamente estruturada, mas sim de uma proposta social inacabada que pode ser melhorada. Fornecido pela Wikipedia